As 10 tendências sociais e psicológicas que vão revolucionar o mundo dos negócios nos próximos anos
A era das organizações que gerenciam hierarquias
ao invés dos verdadeiros níveis de habilidades dos funcionários está
chegando ao fim
É estimado que aproximadamente 70% de todas as decisões de compras
são tomadas de acordos com as chamadas ‘normas sociais’, ou ‘as decisões
das outras pessoas’. Isso significa que a maioria das escolhas que os
consumidores fazem estão pouco relacionadas com o que eles realmente
querem ou precisam, e essa influência cultural tem um papel chave nas
maneiras de pensar dos indivíduos.
Com a chegada da era das mídias sociais, o mundo se tornou uma enorme
e única mente coletiva que é guiada, como toda comunidade, por leis
invisíveis. Abaixo está a lista das 10 maiores tendências que estão
afetando essa mente coletiva.
1. Vendendo histórias
Você já notou as mudanças consideráveis nas propagandas,
principalmente nos anúncios online? Dove te encoraja a se aceitar e a
Always está tentando fazer as pessoas mudarem a maneira como elas pensam
a respeito das mulheres. Os maiores jogadores do mercado estão vendendo
ideias, ou histórias, com as quais as pessoas podem se identificar. A
cegueira de anúncios (seu cérebro de alguma maneira ignora anúncios
pagos nos websites) está limpando o caminho para o marketing de conteúdo
que educa os consumidores provendo a eles informação de valor genuíno.
Conte uma história dessas para seu consumidor e faça com que ele ou ela
se torne um fã e defenda sua marca, e o aumento em suas vendas vai se
tornar um efeito colateral desse processo.
2. Os 4 P’s
O resultado de uma pesquisa realizada pela Mercer’s, uma das mais
prestigiadas empresas de consultoria do mundo, entre um grupo de 30 mil
funcionários em 17 países, revela que os maiores assassinos da motivação
são a falta de respeito, a falha em perceber problemas reais e atuais,
tanto quanto a “falsa democracia” (perguntar a alguém o que eles pensam
sendo que a decisão já foi tomada). Hoje, os maiores vencedores são os
negócios que pensam em termos dos 4 P’s: planeta, pessoas, propósito e
lucro (do inglês - profit). Hoje dinheiro não importa tanto quanto
costumava, porque as pessoas precisam sentir que elas são parte de algo
maior que elas mesmas.
3. São as mulheres que tomam as decisões
Mulheres são responsáveis pela maioria das decisões de compras feitas
por toda parte do mundo (em algumas indústrias esse número chega a
90%). Algumas empresas de relações públicas se especializaram em
formular suas mensagens especificamente para refletir as necessidades
femininas e seus modos de pensar. As maiores marcas do mundo já têm
investido por um longo tempo nas mulheres. Harley Davidson é a líder no
mercado de vendas de motocicletas para mulheres. Mais da metade de todos
os clientes de hotéis são mulheres, por isso a tendência no Oeste
Europeu em direção à criação de lugares ‘femininamente’ amigáveis. Em
Viena, na Áustria, planejamento de gênero tem levado a mudanças de
infraestrutura para facilitar para as mulheres viverem na cidade.
4. Habilidades suaves são preferidas (ex: comunicação, liderança, inteligência emocional)
Para empregados americanos, inteligência emocional (QE) é três vezes
mais importante que lógica (QI). Em situações onde dois médicos estão
aplicando para um trabalho no mesmo hospital se um deles é melhor em
termos de relacionamento com pessoas, então mesmo que ele ou ela não
tenha certo conhecimento ou expertise, ele ou ela tem mais chance de
conseguir o emprego do que o colega com maior educação formal, mas
piores habilidades de comunicação. Novos empregos baseados nessas
habilidades suaves têm surgido, como coaches, vendedores de elite,
palestrantes motivacionais e grandes líderes. Apesar de sua grande
popularidade, eles ainda não são bem avaliados no nível acadêmico. Hoje
em dia, empregados que não tem habilidades suaves estão sujeitos a
perder na corrida do sucesso.
5. Você é um produto
Mais e mais pessoas entram em contato com você antes de te conhecer.
Se eles vão te ligar ou te convidar para uma reunião no mundo real
depende da qualidade da relação construída entre vocês no mundo virtual.
Seja através de um website, um blog formador de opinião ou um artigo de
imprensa. Hoje, todo mundo é um produto e o campo que lida com isso é
chamado de marketing pessoal (personal branding). É o marketing pessoal
que é o maior responsável na Polônia por abrir o caminho para alfaiates
ou estilistas que fazem roupas customizadas, para fotógrafos (todas as
pessoas, não apenas celebridades, precisam dos serviços deles) ou para
agências de relações públicas trabalhando até para pequenos negócios. Se
o mercado tem confiança na sua marca, o mercado vai te perdoar por seus
erros e, através dessa perspectiva positiva, vai olhar para o que você
tem a oferecer.
6. O efeito de “des-escalar”
Nunca antes os indivíduos tiveram tanto poder para influenciar como
hoje. Bloggers autodidatas decidem a respeito do sucesso ou fracasso de
grandes marcas, um vídeo caseiro se torna viral assistido por milhões de
pessoas e um crítico (
hater) teimoso tem o poder de dar muita
dor de cabeça para uma pessoa bem conhecida e querida. Enquanto há 20
anos atrás as pessoas eram encorajadas a investir em tamanho e crescer
cada vez mais, hoje o efeito de “des-escalar” surgiu, significando que
os menores podem fazer as mesmas coisas que os maiores, mas os menores
tem mais mobilidade e são mais rápidos.
7. A mente global
Hoje, não é suficiente ser brasileiro para ser capaz de ser bem
sucedido no mercado. Times internacionais são cada vez mais a regra, não
a exceção. As melhores práticas ao redor do mundo são descritas na
internet todos os dias e estão disponíveis para qualquer um. Se você
quer ser bem sucedido globalmente, você precisa se enxergar mais como um
cidadão do mundo, não um cidadão do seu país. Com a abordagem americana
de marketing, o jeito Alemão de gerenciar e o empenho polonês, o
sucesso vem mais rápido.
8. Comunicação consciente
De acordo com algumas pesquisas, habilidade de comunicação é
responsável por 85% do resultado. Os líderes hoje são pessoas que tem a
habilidade de comunicar suas ideias precisamente, de ouvir aos outros
sem interromper ou se opor à suas opiniões, e são aqueles que preferem
coaching do que imperiosidade, que escolhem não manipular os outros e
não fofocar. Eles sabem perguntar corretamente e como construir
plataformas de comunicação comum. Eles não se referem ao passado e eles
formulam seus objetivos de uma maneira positiva, mensurável e
motivadora.
9. Agilidade ao invés de estrutura
A decisão vai passar primeiro pelo departamento de pesquisa de
mercado, para depois ser analisada e aprovada pela direção, certo? Esse
era o caso no passado, mas dada a velocidade de mudança do mundo
contemporâneo, não existe tempo para gastar seis meses para tomar uma
decisão. Times precisam estar prontos para tomar decisões rapidamente e
flexibilidade é considerada uma prioridade nas pesquisas das habilidades
do futuro. O slogan do futuro é: Esteja preparado para o que você pode
se preparar, mas esteja pronto para tudo. Eficiência e velocidade
(agilidade) ultrapassaram tamanho e estrutura.
10. “Nós” é maior que “Eu”
A era das organizações que gerenciam hierarquias ao invés dos
verdadeiros níveis de habilidades dos funcionários está chegando ao fim.
Numa organização dessas, um gerente razoável, por medo, nunca
contrataria um gerente excelente, e o que é pior, sabotaria o
desenvolvimento do seu próprio time por medo de perder seu cargo. O
futuro pertence às organizações que fizerem seus times felizes
(pesquisas mostram que empregados felizes fazem mais dinheiro para seus
empregadores) e a chefes que se desenvolvem junto com seus funcionários,
nunca limitando seu potencial. “Nós” deve ser maior que “Eu”.