segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Amarras do Maranhão | Comunicação

AMARRAS DO MARANHÃO
Parte 1 | COMUNICAÇÃO

Hoje experimentamos uma nova esperança de desenvolvimento social, em cinquenta anos, foi a primeira vez que escolhemos em primeiro turno, um governo diferente e completamente dissociado de um clã que governava sob pretextos pessoais e egoístas nosso estado. Quase sempre buscando o benefício particular e o enriquecimento ilícito este referido clã fez do Maranhão “seu quintal” político, nos mantendo à margem das condições ideais de interação e assistência social, usando autarquias políticas em benefício próprio e tornando-as não algo diferente de um pardieiro.

Pois bem, nos parece, no entanto, que finalmente nosso Maranhão despertou de um pesadelo e já pode correr atrás do prejuízo. Possuímos muitas amarras, em todos os sentidos e amplitudes do poder de um estado que nos seguram em níveis de décadas passadas dos outros estados da federação.  A primeira a discorreremos aqui será a comunicação.

Sempre apontado com um dos fatores principais de sucesso de qualquer organização, seja ela pública ou privada, a comunicação é hoje um entrave a qualquer atividade no Maranhão. 

Não é difícil ficarmos com nossos aparelhos reduzidos a utilidade apenas de fotografar ou reproduzir músicas, pois não raro nossas operadoras nos deixam a míngua de seus serviços alternando momentos de funcionamento e ausência de funcionamento, em se tratando da qualidade de conectividade de nossos aparelhos à grande rede podemos dizer que a chamada banda larga de nossas redes 3G não chega a velocidade de internet discada da década de 90. Anexar arquivos como relatórios em e-mails e enviá-los através de nossos dispositivos móvel e impensável em pelo menos 90% das cidades do Maranhão. Não raro nos vemos numa verdadeira corrida a um ponto de internet fixa distribuída por aparelho wi-fi. No contexto geral a qualidade da comunicação seja de telefonia, seja de internet no Brasil é uma das piores do mundo e mais caras também, mas mesmo dentro do território nacional há disponíveis acessos de conexão pelo menos dez vezes melhor que em nosso estado. Então o que nos faz ficar tão atrás neste quesito?

A resposta é simples. A completa ausência da mão invisível do governo na regulação e controle movida por uma óbvia conivência com a situação permite entre outras coisas o monopólios de serviços básicos como o referido no texto.  Temos hoje em praticamente quase todo território maranhense apenas uma opção de internet banda larga fixa. Não há concorrência, somos vítimas de um sistema montando para propiciar lucratividade a um grupo empresarial da comunicação. Não havendo concorrência, tal grupo simplesmente se recusa a investir em qualidade, expansão e manutenção do serviço. Não raro vendem velocidades de conexão que nunca entregam e temos simplesmente que aceitar os desmandos desta operadora. Em estados vizinhos tive a experiência de experimentar internet residencial compartilhada mais veloz do que nossas melhores opções de pacotes de velocidades para empresas aqui em nosso estado. Há em outras unidades federativas vizinhas a nossa, várias opções de contratação do referido serviço, o que as obrigam a entregar o que vendem e principalmente zelar pela qualidade.

Anexos como relatórios de produção, vendas, mercado, movimentos financeiros, informações de posicionamento logístico, entre outros habitualmente possuem grande volume de informações computacionais, falamos em arquivos na ordem de gigabytes, que são diariamente enviadas e recebidas por filiais industriais e suas matrizes para conferencia e ajustes funcionais em uma organização. Como nosso atual nível de comunicação demora-se horas para enviar ou receber tais arquivos, quando se deveria levar minutos no máximo. Como uma indústria se instalaria em um estado cuja comunicação é um dos entraves? Como atuar em um local qual não raramente fazer uma simples ligação é algo dificílimo?

É preciso abrir o mercado para nossas empresas de comunicação atuarem em nosso estado, investir em estrutura básicas, incentivar e principalmente punir monopólios de empresas que agem aqui em desuso com a lisura que seus consumidores merecem.

Precisamos de fibras óticas rasgando todas as cidades, elevar nossos níveis de comunicação, dar acessibilidade às comunidades mais humildes, entregar dignidade de vida a todos os maranhenses para que eles sintam-se inseridos no contexto da era que vivemos e não em décadas passadas.

O Maranhão pode, merece e tem plenas condições de se tornar um dos melhores estados de nosso país.


Somos pelo Maranhão, acima de tudo por que o amamos infinitamente.