terça-feira, 19 de dezembro de 2017

QUANTO CUSTA UM SERVIÇO ESTATAL?



No ultimo dia 18 do mês de dezembro foi publicada uma matéria no qual mostrava um prejuízo acumulado por estatais federais, onde foram feito aportes na ordem de 122 bilhões de Reais e que geraram retorno de pouco mais de 89 bi.

Não vou traçar um diagnóstico preciso dos problemas que levaram a este (para variar) prejuízo, prefiro analisar quanto realmente custa um serviço ou produto de uma estatal que gera prejuízo.

Muitos dizem que a razão de ser de serviços púbicos é promover a acessibilidade aos menos afortunados, mas o que poucos se atém é o que Bastiat chamava de economia que se vê e que não se vê. São justamente os mais humildes os maiores financiadores destes mesmos serviços. A grande questão é o que acontece entre o espólio dos poucos recursos que os mesmos tem e a oferta efetiva dos serviços públicos.

Vamos usar como exemplo o transporte público, se uma empresa pública for a responsável por transportar via ônibus a população de determinada cidade, cobrando sempre um preço módico por viagem, por exemplo 1 real, mas a mesma apresenta no final do exercício 50 milhões de reais de prejuízo e ano após ano ela continua operando e dando prejuízo, isso significa somente uma coisa, alguém está bancando o prejuízo. Neste sentido é que entendemos o motivos de se pagar IPTU numa casinha de cachorro no jardim de uma casa ou no absurdo imposto embutido nos combustíveis. Aquela passagem nunca custou 1 real, esta é a economia que se vê, a que não se vê a que faz você pensar duas vezes antes de sair de casa com seu carro por que não suportar mais o preço absurdo do combustível. (O exemplo acima é baseado em fatos reais de uma empresa pública).

Se esta empresa de ônibus for privada e der tal prejuízo só lhe resta melhorar seus processo para manter o preço ou subir até o ponto que a torne viável operar, uma vez com os preços mais altos tornando-a ainda inviável é hora deste mercado ser repensado e trabalharmos em outras soluções, como a economia compartilhada. Assim nascem e morrem mercados, sempre dando lugar a outras soluções mais exatas, enxutas e acessíveis, foi assim que a vela deu lugar a lâmpada.

Da próxima vez que formos contra a privatização de estatais, pensemos melhor, "quanto realmente custa este serviço", pois ele pode estar custando não VALOR EM MOEDA e sim A DIGNIDADE DE ACESSO a estas ou outras soluções mais eficientes.

19-12-17
PALACIO

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