AMARRAS DO MARANHÃO
Parte 1 | COMUNICAÇÃO
Hoje experimentamos uma nova esperança de desenvolvimento
social, em cinquenta anos, foi a primeira vez que escolhemos em primeiro turno,
um governo diferente e completamente dissociado de um clã que governava sob
pretextos pessoais e egoístas nosso estado. Quase sempre buscando o benefício
particular e o enriquecimento ilícito este referido clã fez do Maranhão “seu
quintal” político, nos mantendo à margem das condições ideais de interação e
assistência social, usando autarquias políticas em benefício próprio e
tornando-as não algo diferente de um pardieiro.
Pois bem, nos parece, no entanto, que finalmente nosso
Maranhão despertou de um pesadelo e já pode correr atrás do prejuízo. Possuímos
muitas amarras, em todos os sentidos e amplitudes do poder de um estado que nos
seguram em níveis de décadas passadas dos outros estados da federação. A primeira a discorreremos aqui será a
comunicação.
Sempre apontado com um dos fatores principais de sucesso de
qualquer organização, seja ela pública ou privada, a comunicação é hoje um
entrave a qualquer atividade no Maranhão.
Não é difícil ficarmos com nossos aparelhos reduzidos a
utilidade apenas de fotografar ou reproduzir músicas, pois não raro nossas
operadoras nos deixam a míngua de seus serviços alternando momentos de
funcionamento e ausência de funcionamento, em se tratando da qualidade de
conectividade de nossos aparelhos à grande rede podemos dizer que a chamada
banda larga de nossas redes 3G não chega a velocidade de internet discada da
década de 90. Anexar arquivos como relatórios em e-mails e enviá-los através de
nossos dispositivos móvel e impensável em pelo menos 90% das cidades do
Maranhão. Não raro nos vemos numa verdadeira corrida a um ponto de internet
fixa distribuída por aparelho wi-fi. No contexto geral a qualidade da
comunicação seja de telefonia, seja de internet no Brasil é uma das piores do
mundo e mais caras também, mas mesmo dentro do território nacional há disponíveis
acessos de conexão pelo menos dez vezes melhor que em nosso estado. Então o que
nos faz ficar tão atrás neste quesito?
A resposta é simples. A completa ausência da mão invisível
do governo na regulação e controle movida por uma óbvia conivência com a
situação permite entre outras coisas o monopólios de serviços básicos como o
referido no texto. Temos hoje em
praticamente quase todo território maranhense apenas uma opção de internet
banda larga fixa. Não há concorrência, somos vítimas de um sistema montando
para propiciar lucratividade a um grupo empresarial da comunicação. Não havendo
concorrência, tal grupo simplesmente se recusa a investir em qualidade,
expansão e manutenção do serviço. Não raro vendem velocidades de conexão que
nunca entregam e temos simplesmente que aceitar os desmandos desta operadora.
Em estados vizinhos tive a experiência de experimentar internet residencial
compartilhada mais veloz do que nossas melhores opções de pacotes de
velocidades para empresas aqui em nosso estado. Há em outras unidades
federativas vizinhas a nossa, várias opções de contratação do referido serviço,
o que as obrigam a entregar o que vendem e principalmente zelar pela qualidade.
Anexos como relatórios de produção, vendas, mercado,
movimentos financeiros, informações de posicionamento logístico, entre outros
habitualmente possuem grande volume de informações computacionais, falamos em
arquivos na ordem de gigabytes, que são diariamente enviadas e recebidas por
filiais industriais e suas matrizes para conferencia e ajustes funcionais em
uma organização. Como nosso atual nível de comunicação demora-se horas para
enviar ou receber tais arquivos, quando se deveria levar minutos no máximo.
Como uma indústria se instalaria em um estado cuja comunicação é um dos
entraves? Como atuar em um local qual não raramente fazer uma simples ligação é
algo dificílimo?
É preciso abrir o mercado para nossas empresas de
comunicação atuarem em nosso estado, investir em estrutura básicas, incentivar
e principalmente punir monopólios de empresas que agem aqui em desuso com a
lisura que seus consumidores merecem.
Precisamos de fibras óticas rasgando todas as cidades,
elevar nossos níveis de comunicação, dar acessibilidade às comunidades mais
humildes, entregar dignidade de vida a todos os maranhenses para que eles
sintam-se inseridos no contexto da era que vivemos e não em décadas passadas.
O Maranhão pode, merece e tem plenas condições de se tornar
um dos melhores estados de nosso país.
Somos pelo Maranhão, acima de tudo por que o amamos
infinitamente.
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